quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Dica: Diff no Eclipse

Estou postando essa dica, pois sei que muita gente esquece que o Eclipse possui um diff embutido…

Para ver a diferença do conteúdo de dois arquivos lado-a-lado, como nas ferramentas de controle de versão, selecione os arquivos, clique em um deles com o botão direito do mouse e acesse “Compare With” –> “Each Other”. Simples e rápido.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Tizen

No último post falei sobre um sistema operacional para dispositivos móveis que pretende brigar por um lugar ao sol, o FirefoxOS. Nessa linha, uma outra aposta seria o Tizen, a união do MeeGo e do Bada.

Nokia e Intel trabalhavam no MeeGo – um sistema operacional (realmente) opensource que poderia substituir o Symbian – desde fevereiro de 2010. Mais de um ano depois, com o sistema operacional já na versão 1.2, foi usado no Nokia N9, mas logo depois colocado para escanteio, por questões estratégicas. A Nokia criou parceria com a Microsoft para adoção do Windows Phone e o MeeGo saiu dos planos da empresa.

No ano passado (2012), um grupo de empresas, incluindo a Intel e a Samsung, resolveu pegar o MeeGo e dar prosseguimento à ideia, relançando-o com nome Tizen. Semelhante ao anterior, ele tem seu alvo em smartphones, tablets, notebooks e smart TVs.

O projeto continua sendo hospedado pela The Linux Foundation e no momento em que escrevo se encontra na versão 2.0 Alpha, lançada em setembro passado. Ele possui uma Web API baseada no HTML5 e com bom suporte a OpenGL ES.

Na última Consumer Electronic Show, as empresas se posicionaram em relação ao projeto e seu mercado. Assim como o FirefoxOS, o Tizen – num primeiro momento – visará atender celulares de custo mais baixo (como smartphones mais simples).

O grupo espera não cometer os mesmos erros do MeeGo e acelerar seu desenvolvimento, para não perder mercado. E para ganhar ainda mais terreno, pretende se unir, ao Bada (foto abaixo), que em 2011 tinha 2% do mercado de celulares (mais que o Windows Phone).

Bada

Há quem diga que o projeto é só barganha para empresas como a Samsung se protegerem da atual hegemonia da Google, mas não representaria uma real ameaça, uma vez que as empresas continuariam adotando o Android como primeira opção. Resta esperar pra ver…

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

FirefoxOS

Esse eu não adicionei na minha lista de Coisas que devem bombar em 2013, mas acho que futuramente ele poderá estar em muitos celulares e tablets que vemos por aí, concorrendo com o Android. Difícil acontecer? Também acho, olhando o cenário atual, mas há alguns bons motivos pra que isso aconteça.

Em 2011, o diretor de pesquisas da Mozilla Corporation, Andreas Gal, anunciou o projeto Boot to Gecko (pra quem não conhece, o Gecko é o renderizador de páginas usado pelo  navegador Firefox). A ideia básica do projeto é a de construir um sistema operacional realmente livre, baseado em padrões abertos da web, como o HTML5 e o JavaScript. O projeto foi rebatizado em 2012 como FirefoxOS.

firefox_os_screenshots

Tá, mas o Android não é opensource? Sim e não. Você pode baixar o código, compilá-lo em sua máquina, mas não pode gerar novas versões “oficiais” sem a liberação de sua mantenedora, a Google. Isso é bom por um lado, pois impede a explosão de versões, como acontece no Linux, e dá mais segurança aos fabricantes de celulares para construir hardwares compatíveis, mas é ruim por outro, pois o controle do sistema operacional não é da comunidade, o que prende o produto às políticas e estratégias da empresa, que não são necessariamente a dos desenvolvedores. Você pode ler mais sobre essa discussão aqui, aqui e aqui.

Os outros players do mercado são o iOS (Apple), o Windows Phone (Microsoft) e (ainda) o Blackberry, e, como você sabe, eles são totalmente fechados. Mas não é a questão “ser aberto” ou “ser fechado” que realmente importa. O problema maior talvez seja que os desenvolvedores de aplicativos para dispositivos móveis tenham que criar versões diferentes para cada sistema operacional com que queiram trabalhar, porque suas APIs são bem diferentes.

Talvez o mais importante do FirefoxOS é o uso de uma WebAPI, em que a comunicação entre o SO e a aplicação é realizada através de HTTP, deixando a aplicação desacoplada dos detalhes do SO. Você envia a requisição via GET ou POST e recebe a resposta como XML ou JSON, o que é extremamente comum hoje para quem desenvolve aplicações web. Além de ser natural para muitos desenvolvedores, diminuindo a curva de aprendizado em comparação à outras APIs, reduz o custo de investimento da empresa, tanto na contratação de funcionários fortemente especializados, como em treinamento, uma vez que esses padrões abertos (HTML, CSS, JavaScript, JSON, XML, etc.) já estão bem difundidos.

Será bastante difícil que o FirefoxOS cresça tão rápido como foi com o Android e, ainda assim, ameace sua hegemonia atual. Muita gente já investiu nessa plataforma e não quer jogar fora o que gastou. Mas pode ser que comecem a considerar o FirefoxOS como uma opção interessante, de baixo investimento e possível bom retorno. Para isso, é preciso o apoio – e investimento – dos fabricantes (como já fez a Qualcomm e a Deutsche Telekom e está fazendo a Telefónica), ganhar visibilidade (o que está acontecendo, em vista de sua participação nas grandes eventos da área, como a Mobile World Congress) e mostrar seus benefícios frente aos concorrentes. Nesse último item, entra a web como plataforma.

The web is the plataform

A ideia de “web como plataforma” pode consagrar frameworks como o PhoneGap para a construção de aplicações que rodem nos diversos SOs e pode acabar com os problemas de criar aplicações diferentes para cada sistema operacional.

Se a web se tornar o padrão para dispositivos móveis, criar aplicações usando o Android SDK, o Windows Phone SDK, o iOS SDK, ou qualquer outro, será coisa do passado.

E com todos os recursos do HTML5, CSS3 e do JavaScript (ECMA Script 5, vindo a versão 6 por aí…), é possível que isso acabe acontecendo.

Enfim, mesmo que o FirefoxOS não emplaque, a ideia de ter a web como o padrão para construção de aplicações faz cada vez mais sentido.

domingo, 13 de janeiro de 2013

IllumiRoom

A Microsoft apresentou na CES 2013 (Las Vegas) o IllumiRoom, uma espécie de projetor sincronizado ao Xbox que permite melhorar a imersão no jogo, com a apresentação de conteúdo adicional ao redor da tela, expandindo a área de percepção do ambiente. O resultado parece muito bom…

 

O aparelho deve ser lançado em breve, talvez junto ao Xbox 720 ou ao Kinect 2.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Coisas que devem bombar em 2013

Recentemente surgiram algumas coisas que penso que devem bombar esse ano. Algumas já começaram a fazer sucesso lá fora e devem aparecer por aqui daqui a pouco tempo. Outras, acredito que demorarão um pouco. Se minha bola de cristal não falhar, veremos algumas destas coisas rodando por aí já este ano… (ou, no máximo, ano que vem).
 
crystal-ball2

Scratch

Conheci o Scratch em 2009 (ele foi criado, oficialmente, em 2006). Cheguei a instalá-lo na minha máquina e ver como funcionava. Lembro de ter achado ele bem interessante, como um grande potencial para criar aplicações sem ser necessário saber programar, ou mesmo para facilitar o ensino de programação. Desde lá, ele havia caído um pouco no (meu) esquecimento, até que há pouco tempo vi algumas notícias sobre seu uso em escolas, como ferramenta de ensino de programação para crianças de 6 a 8 anos. Sim, crianças estão aprendendo a programar, e isso não significa que elas irão ser programadoras no futuro. A ideia é que elas aprendam a aproveitar mais do computador, como uma ferramenta para criar coisas, não só se limitando à usar coisas.
 
As crianças aprendem matemática, biologia, física, química e outras disciplinas, mas por que não programação? Quantas horas um adolescente fica na frente do computador hoje em dia? Se ele soubesse como tirar mais proveito do hardware que tem nas mãos e começasse a construir coisas que pudesse resolver seus problemas (ou o dos outros), poderíamos ter um grande avanço na área. Então, por quê não? Penso que a pergunta feita pelas pessoas que o estão adotando seja justamente esta. E por isso acredito em seu potencial.
 
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Para saber mais:

Raspberry Pi

O Raspberry Pi (RP) foi também criado em 2006, com o intuito de construir um computador barato, que pudesse ser usado por crianças. Com a queda dos preços, foi criado um computador razoável a um preço bem justo – algo entre 25 e 35 dólares. Daí, à medida em que a tecnologia vai evoluindo e os preços vão caindo, novas versões são lançadas.
 
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Hoje ele é como na foto acima. O cartão de memória ao lado serve apenas para dar idéia do tamanho. Ele vem com processador ARM 11 de 700 Mhz, Videcore de 4 GPU (Full HD), 512MB de RAM, duas portas USB, uma Ethernet, uma saída HDMI, uma saída RCA, uma saída de áudio e uma entrada para cartão SD. Mede 85.60mm x 56mm x 21mm (é do tamanho de uma carteira) e pesa 45 gramas. Roda o (Linux) Debian. E funciona até com 4 pilhas AA alcalinas!
 
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Diferente do Arduíno que é uma plataforma de hardware opensource, o RP usa componentes proprietários, mas tem uma fundação sem fins lucrativos por trás, a Raspberry Pi Foundation. Veja que o Arduíno (que já fez e continua fazendo sucesso) costuma ser mais caro que um RP.
 
Bom, você deve estar se perguntando, você acha que ele vai bombar só porque é barato? Não só, mas acontece que isso é muito importante, pois faz ele entrar em casas e escolas de pessoas que não tem condição de comprar desktops, notebooks ou tablets.
 
Outro fato que penso que irá impulsionar seu uso é o Scratch. Sim, esse que você acabou de ler acima. O Scratch está sendo usado no Raspberry Pi, o que unirá o melhor dos dois mundos. E depois, se a molecada ficar esperta, pode aprender a programar em Python, a linguagem padrão do RP. :)
 
Para saber mais:

Ouya

O Ouya é um videogame opensource que ainda será lançado esse ano (2013). Sua ideia nasceu ano passado e foi submetida ao Kickstarter, uma plataforma de financiamento coletivo (crowdfunding). E foi um dos projetos de maior sucesso lá, levantando impressionantes US$ 8 milhões.
 
Feito pra ser acessível – o que deve impulsioná-lo –, custará 99 dólares (lá fora, claro). Rodará Android (4.1), o que significa (ao menos em tese) que games feitos pra Android rodarão nele. E, por ser opensource, possibilitará que desenvolvedores explorem seu potencial ao máximo.
OUYA Console
O hardware terá processador Tegra3 Quad-Core, 1GB de RAM, 8GB de armazenamento flash interno, conexão HDMI com suporte a Full HD, WiFi 802.11 b/g/n, Bluetooh LE 4.0, uma porta USB 2.o, uma porta Ethernet e dois joysticks sem fio.
 
Não, os games não serão gratuitos. Mas todos deverão ter uma versão jogável (tipo um demo ou trial). Isso é legal, pois dá pra experimentar qualquer jogo antes de comprar.
 
Por falar em games, se a plataforma não tiver jogos legais não fará sucesso. Por isso, algumas empresas – principalmente no Japão – já estão anunciando games para Ouya. A Square Enix, por exemplo, anunciou o Final Fantasy III. A Namco Bandai também está fazendo parceria com a Ouya. Mas há poucos games e parceiros por enquanto. Penso que muitos esperarão seu lançamento para começar a investir.
 
Mas, enfim, por que acho que um videogame barato, inferior ao Xbox ou ao Playstation em gráficos fará sucesso? Porque além de ser barato, o intuito do Ouya é parecido com o do Wii, o de fazer games divertidos, mas a um custo acessível. E principalmente, o que deve impulsioná-lo é o fato de ser opensource e assim facilitar a entrada de criadores de jogos independentes no mercado. Provavelmente haverá uma “Ouya Store” e as pessoas comprarão jogos de forma semelhante ao que fazem para iOS ou Android. E o diferente é que poderão jogar na TV, juntos (fisicamente) dos amigos, e não somente em rede, como acontece hoje para os smartphones.
 
Para saber mais:

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

return me;

Cerca de dois anos sem blogar e aqui estou... Peço desculpas aos meus eventuais leitores. Afinal, mesmo com o blog parado todo esse tempo, as estatísticas do Google informam, no momento em que escrevo, 6.479 acessos, sendo 368 no mês passado. Sei que é pouco, mas, sinceramente, nem esperava isso.
Nesse tempo, como dizia meu avô, "muita água passou em baixo da ponte". Então, vou tentar retomar as coisas aos poucos, escrevendo esporadicamente sobre alguns assuntos aleatórios. Espero que gostem. Aliás, sempre que puderem, deixem seus comentários.

PS: Só para registro, já que meu último post havia sido sobre o I Dojo, ocorreu um II Dojo naquele ano, ainda melhor que o primeiro. E como o tempo encurtou, não rolou nenhum outro depois. Mais isso deve mudar em breve... ;)