quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Coisas que devem bombar em 2013

Recentemente surgiram algumas coisas que penso que devem bombar esse ano. Algumas já começaram a fazer sucesso lá fora e devem aparecer por aqui daqui a pouco tempo. Outras, acredito que demorarão um pouco. Se minha bola de cristal não falhar, veremos algumas destas coisas rodando por aí já este ano… (ou, no máximo, ano que vem).
 
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Scratch

Conheci o Scratch em 2009 (ele foi criado, oficialmente, em 2006). Cheguei a instalá-lo na minha máquina e ver como funcionava. Lembro de ter achado ele bem interessante, como um grande potencial para criar aplicações sem ser necessário saber programar, ou mesmo para facilitar o ensino de programação. Desde lá, ele havia caído um pouco no (meu) esquecimento, até que há pouco tempo vi algumas notícias sobre seu uso em escolas, como ferramenta de ensino de programação para crianças de 6 a 8 anos. Sim, crianças estão aprendendo a programar, e isso não significa que elas irão ser programadoras no futuro. A ideia é que elas aprendam a aproveitar mais do computador, como uma ferramenta para criar coisas, não só se limitando à usar coisas.
 
As crianças aprendem matemática, biologia, física, química e outras disciplinas, mas por que não programação? Quantas horas um adolescente fica na frente do computador hoje em dia? Se ele soubesse como tirar mais proveito do hardware que tem nas mãos e começasse a construir coisas que pudesse resolver seus problemas (ou o dos outros), poderíamos ter um grande avanço na área. Então, por quê não? Penso que a pergunta feita pelas pessoas que o estão adotando seja justamente esta. E por isso acredito em seu potencial.
 
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Para saber mais:

Raspberry Pi

O Raspberry Pi (RP) foi também criado em 2006, com o intuito de construir um computador barato, que pudesse ser usado por crianças. Com a queda dos preços, foi criado um computador razoável a um preço bem justo – algo entre 25 e 35 dólares. Daí, à medida em que a tecnologia vai evoluindo e os preços vão caindo, novas versões são lançadas.
 
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Hoje ele é como na foto acima. O cartão de memória ao lado serve apenas para dar idéia do tamanho. Ele vem com processador ARM 11 de 700 Mhz, Videcore de 4 GPU (Full HD), 512MB de RAM, duas portas USB, uma Ethernet, uma saída HDMI, uma saída RCA, uma saída de áudio e uma entrada para cartão SD. Mede 85.60mm x 56mm x 21mm (é do tamanho de uma carteira) e pesa 45 gramas. Roda o (Linux) Debian. E funciona até com 4 pilhas AA alcalinas!
 
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Diferente do Arduíno que é uma plataforma de hardware opensource, o RP usa componentes proprietários, mas tem uma fundação sem fins lucrativos por trás, a Raspberry Pi Foundation. Veja que o Arduíno (que já fez e continua fazendo sucesso) costuma ser mais caro que um RP.
 
Bom, você deve estar se perguntando, você acha que ele vai bombar só porque é barato? Não só, mas acontece que isso é muito importante, pois faz ele entrar em casas e escolas de pessoas que não tem condição de comprar desktops, notebooks ou tablets.
 
Outro fato que penso que irá impulsionar seu uso é o Scratch. Sim, esse que você acabou de ler acima. O Scratch está sendo usado no Raspberry Pi, o que unirá o melhor dos dois mundos. E depois, se a molecada ficar esperta, pode aprender a programar em Python, a linguagem padrão do RP. :)
 
Para saber mais:

Ouya

O Ouya é um videogame opensource que ainda será lançado esse ano (2013). Sua ideia nasceu ano passado e foi submetida ao Kickstarter, uma plataforma de financiamento coletivo (crowdfunding). E foi um dos projetos de maior sucesso lá, levantando impressionantes US$ 8 milhões.
 
Feito pra ser acessível – o que deve impulsioná-lo –, custará 99 dólares (lá fora, claro). Rodará Android (4.1), o que significa (ao menos em tese) que games feitos pra Android rodarão nele. E, por ser opensource, possibilitará que desenvolvedores explorem seu potencial ao máximo.
OUYA Console
O hardware terá processador Tegra3 Quad-Core, 1GB de RAM, 8GB de armazenamento flash interno, conexão HDMI com suporte a Full HD, WiFi 802.11 b/g/n, Bluetooh LE 4.0, uma porta USB 2.o, uma porta Ethernet e dois joysticks sem fio.
 
Não, os games não serão gratuitos. Mas todos deverão ter uma versão jogável (tipo um demo ou trial). Isso é legal, pois dá pra experimentar qualquer jogo antes de comprar.
 
Por falar em games, se a plataforma não tiver jogos legais não fará sucesso. Por isso, algumas empresas – principalmente no Japão – já estão anunciando games para Ouya. A Square Enix, por exemplo, anunciou o Final Fantasy III. A Namco Bandai também está fazendo parceria com a Ouya. Mas há poucos games e parceiros por enquanto. Penso que muitos esperarão seu lançamento para começar a investir.
 
Mas, enfim, por que acho que um videogame barato, inferior ao Xbox ou ao Playstation em gráficos fará sucesso? Porque além de ser barato, o intuito do Ouya é parecido com o do Wii, o de fazer games divertidos, mas a um custo acessível. E principalmente, o que deve impulsioná-lo é o fato de ser opensource e assim facilitar a entrada de criadores de jogos independentes no mercado. Provavelmente haverá uma “Ouya Store” e as pessoas comprarão jogos de forma semelhante ao que fazem para iOS ou Android. E o diferente é que poderão jogar na TV, juntos (fisicamente) dos amigos, e não somente em rede, como acontece hoje para os smartphones.
 
Para saber mais:

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