segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Tizen

No último post falei sobre um sistema operacional para dispositivos móveis que pretende brigar por um lugar ao sol, o FirefoxOS. Nessa linha, uma outra aposta seria o Tizen, a união do MeeGo e do Bada.

Nokia e Intel trabalhavam no MeeGo – um sistema operacional (realmente) opensource que poderia substituir o Symbian – desde fevereiro de 2010. Mais de um ano depois, com o sistema operacional já na versão 1.2, foi usado no Nokia N9, mas logo depois colocado para escanteio, por questões estratégicas. A Nokia criou parceria com a Microsoft para adoção do Windows Phone e o MeeGo saiu dos planos da empresa.

No ano passado (2012), um grupo de empresas, incluindo a Intel e a Samsung, resolveu pegar o MeeGo e dar prosseguimento à ideia, relançando-o com nome Tizen. Semelhante ao anterior, ele tem seu alvo em smartphones, tablets, notebooks e smart TVs.

O projeto continua sendo hospedado pela The Linux Foundation e no momento em que escrevo se encontra na versão 2.0 Alpha, lançada em setembro passado. Ele possui uma Web API baseada no HTML5 e com bom suporte a OpenGL ES.

Na última Consumer Electronic Show, as empresas se posicionaram em relação ao projeto e seu mercado. Assim como o FirefoxOS, o Tizen – num primeiro momento – visará atender celulares de custo mais baixo (como smartphones mais simples).

O grupo espera não cometer os mesmos erros do MeeGo e acelerar seu desenvolvimento, para não perder mercado. E para ganhar ainda mais terreno, pretende se unir, ao Bada (foto abaixo), que em 2011 tinha 2% do mercado de celulares (mais que o Windows Phone).

Bada

Há quem diga que o projeto é só barganha para empresas como a Samsung se protegerem da atual hegemonia da Google, mas não representaria uma real ameaça, uma vez que as empresas continuariam adotando o Android como primeira opção. Resta esperar pra ver…

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